No 1º de outubro celebra-se o Dia Internacional do Idoso. A data comemora a vigência do Estatuto do Idoso e busca promover uma reflexão sobre a situação do idoso na sociedade em questões ligadas à saúde, convívio familiar, abandono, sexualidade, aposentadoria, entre outros temas fundamentais para essa parcela da população. Neste dia especial, o Ministério da Saúde divulgou um estudo com dados inéditos sobre o perfil de envelhecimento no Brasil que deve trazer subsídios para a construção e adequação de novas políticas públicas de saúde para os idosos brasileiros.

O Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros  (ELSI-Brasil) faz parte de uma rede internacional de grandes estudos longitudinais sobre o envelhecimento. Ele traz informações de como a população está envelhecendo e os principais determinantes sociais e de saúde. Com os dados atualizados, é possível trabalhar a promoção do envelhecimento ativo e a garantia da atenção à saúde da população idosa brasileira, que apresenta maior demanda por atenção à saúde.

A maior parte dos idosos brasileiros usa exclusivamente o SUS

Entre os resultados encontrados, a pesquisa apontou que 75,3% dos idosos brasileiros dependem exclusivamente dos serviços prestados no Sistema Único de Saúde, sendo que 83,1% realizaram pelo menos uma consulta médica nos últimos 12 meses. Nesse período, foi identificado ainda 10,2% dos idosos foram hospitalizados uma ou mais vezes. Quase 40% dos idosos possuem uma doença crônica, sendo que 29,8% possuem duas ou mais como diabetes, hipertensão ou artrite.

O estudo apontou também que 85% da população com 50 anos ou mais vivem em áreas urbanas. E entre os relatos sobre os hábitos de comportamento, 43% dos idosos acompanhados pelo estudo disseram ter medo de cair na rua.

A pesquisa foi coordenada pela professora Maria Fernanda Lima-Costa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais. Na primeira etapa, participaram da pesquisa pessoas com 50 anos ou mais entre os anos 2015 e 2016 em 70 municípios nas cinco regiões do país. A idade de 50 anos foi utilizada devido ao interesse em analisar o período de transição do momento produtivo para o início da aposentadoria dos idosos (60 anos ou mais).

Saiba mais:

Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa – integra um conjunto de iniciativas que tem por objetivo qualificar a atenção ofertada às pessoas idosas no Sistema Único de Saúde. É um instrumento proposto para auxiliar no bom manejo da saúde da pessoa idosa, sendo usada tanto pelas equipes de saúde, quanto pelos idosos por seus familiares e cuidadores.

Saúde da Pessoa Idosa – ofertado gratuitamente no Google Play, pelo Ministério da Saúde, um aplicativo desenvolvido em parceria com a FIOCRUZ/BsB. Este aplicativo reúne três ferramentas para ajudar na avaliação dos idosos identificando os mais vulneráveis.

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